21 junho 2007

Helimodelismo de competição...é com helicópteros, ou não?

Olá!
Não haja dúvida que nunca me interessei grandemente pela disciplina dos Helis, mas nunca esperei que esteja a alimentar uma celeuma da dimensão que se pode inferir do relato abaixo... e o que acontece com o F3C não será também o que se passa nas outras disciplinas, nomeadamente no F1 (?), no F2 (ver o caso do OPEN internacional com um a inscrição) e no resto do F3's. Por enquanto vai-se salvando o F4, ou nem essa?

Á meditação dos aeromodelistas de competição (?) e á consideração dos aeromodelistas de lazer (que não de laser).

Eis:

HISTÓRIA SINTETISADA
E ALGUNS COMENTÁRIOS PESSOAIS,
DA REUNIÃO DO DIA 16 de Junho 2007, CONVOCADA PELA FPAm E REALIZADA NO EXTERNATO DA LUZ SOBRE
O Esvaziamento da Comissao Técnica F3C- Helicópteros RC
Início: 15:15
Final: 18:10
Elementos presentes:
Mesa de condução dos trabalhos
João Loureiro de Sousa – Presidente da Mesa
Abel Coelho – Moderador
Rui Ferreira
Mário Gomes
João Barbosa
Assembleia:
Aeromania – Carlos Bartolomeu, Patrick Leroy, Pedro Grão e João Gonçalves por representação.
Nabância – José Andrade, Luísa Andrade, Ricardo Andrade e Luís Delgado
CAVS – Adelino Oliveira e Mário Vilaça
Aerocalminhas – João Roque e João Ricardo
CAS – Henrique Lopes e Luís Abraão
Clube de Alverca – Rui Gomes e Jorge Nunes
Hangar 13 – Hélio Pereira
Modelismo de Mação – Luís Lucindo e Adérito Marques
TOTAL: 18 ELEMENTOS PRESENTES NA ASSEMBLEIA
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Longa introdução do presidente da Federação, que começou por referir que a justificação do problema relacionado com a Comissão Técnica, prendia-se com o desconhecimento dos regulamentos. Iniciou de imediato a história do seu passado aeromodelístico. De volta ao tema da reunião, referiu que se constata no aeromodelismo nacional um aumento de praticantes, não acompanhado de aumento de conhecimentos técnicos nem, e uma vez mais, dos regulamentos. O facto de ser presidente há tantos anos, tem-lhe arranjado inimigos e o facto de ser presidente nesta última legislatura, é consequência de o terem imposto e, parafraseando-o, " impedir venha um pardal que afunde isto". Confessou que desta vez não está motivado e não se sente estimulado, ao contrário de todas as outras, chegando mesmo a afirmar que desta vez não tinha projectos e que até está a ser um sacrifício.
Confirmou que as Comissões Técnicas são nomeadas pela direcção da Federação e não há nada a discutir sobre este assunto. Trata-se de um aspecto regulamentar. No que respeita ao incómodo que lhe provocou a forma de luta empreendida, de divulgar o conteúdo de textos nos fóruns, disse que, estes sítios são, e de novo parafraseando-o, "locais de desprezo e o que se escreve lá é para rasgar". "Quem escreve em fóruns de aeromodelismo, não sabe nada disto e até ofendem o ecrã." Quanto ao facto de estarem presentes na assembleia dezoito elementos, lamentou o mesmo, uma vez que arranjou uma sala para cem pessoas. Informou os presentes, de que a reunião estava a ser gravada e filmada, em virtude de se ter de fazer uma acta, podendo também ser necessário, ser utilizada para outros fins.
Nota: Na sequência da reuniao, foi questionada a Comissão Nacional de Protecção de Dados, no sentido de saber da legalidade desta iniciativa unilateral e inopinada por parte da direcçao da Federação Portuguesa de Aeromodelismo, alegando aquela, necessidade de escrever uma acta e eventualmente fazer daqueles dados outro uso discricionario que lhe aprouver. Aguardamos da CNPD a resposta, para actuarmos em conformidade.
Continuando o presidente o seu discurso, referiu entao que, pelo alarido arranjado, julgava que iria encontrar uma assembleia bem mais representativa. Passou entao a dissertar sobre um tema muito frequente nas suas intervencoes publicas, que é o tempo que perde com a Federação (inclusive referiu que tem todas as horas registadas), que exige respeito e não admite comentários sobre si e, num clima de intimidação absoluta, começou a ler um documento que é o mesmo que consta no site da Federação, acerca das funções que estão acometidas aos Comissários Técnicos. Nao obstante ter esgotado a leitura do conteúdo publico daquele documento, passou a acrescentar mais
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uns pontos, que se presumem de sua própria autoria e que correspondem ao seu desejo de que um qualquer Comissário Técnico, para além das funções técnicas que lhe estão cometidas na regulamentação publicada, tem de ser uma pessoa educada, fiel à Federação e ao seu Presidente e alinhar, em permanência, seu discurso com o dele. O exemplo tipificado de um Comissário Político.
Interviu de imediato o Andrade, ao qual, não pretendendo o Presidente conceder-lhe no imediato tal oportunidade o interrompeu e sobrepôs, acto continuo, seu discurso, não permitindo o diálogo.
O Abel Coelho iniciou então a moderação da reunião com o controlo e inscrição prévia dos oradores. Após algum alarido, o Andrade, lamentou a má fé, com que a Federação teve o desplante de convocar uma reunião com a ordem de trabalhos que apresentara, pois aquilo que se estava a assistir era um monólogo que não correspondia ao objectivo da reunião, e que era inadmissível e desrespeitoso para com pessoas que se deslocaram centenas de quilómetros para ali estarem presentes. Teria sido mais honesto, enviar pelo correio o texto que estava a ser lido informando que nada ia ser tratado naquela reunião, que não correspondesse à vontade da direcção da Federação. Tendo, por esses motivos, manifestado vontade de abandonar a sala, tendo aproveitado o Presidente para ironizar, dizendo que o Andrade nunca ali devia estar, o que provocou uma troca de galhardetes entre os protagonistas.
De seguida interviu Carlos Bartolomeu, questionando a Mesa dos Trabalhos, que lhe explicasse, qual a razão da convocatória e que a sua vontade, era também a de abandonar os trabalhos no imediato.
Interviu na sequencia o Abel Coelho secundando o Presidente e referindo que a ordem de trabalhos era clara, o problema é que as pessoas muitas vezes não a lêem.
Pediu a palavra o Luís Delgado a quem lhe foi perguntado a que clube pertencia, pois não constava da lista elaborada pelo funcionário da FPAm, Rui Fonseca, tendo sido posta em causa a sua legitimidade para intervir. Depois de esclarecida esta situação, o Luís Delgado referiu sentir-se vexado como cidadão, face à forma autoritária e desequilibrada como o Presidente estava a dirigir a reunião, sem ao mesmo tempo usar, de termos respeitosos para com o mesmo, referindo que respeitava os seus cabelos brancos, mas que sentia o ímpeto de sair da sala, porque percebia que se tratava de um embuste.
Retorquiu o Presidente, dizendo que em vinte anos de dedicação ao aeromodelismo, nunca tinha passado por uma situação do género. Todas as Comissões Técnicas quando foram renovadas pela direcção da Federação tinham acatado as alterações às mesmas, menos esta, que queria perpetuar-se em funções. Comissão Técnica esta, que classificou de insubordinada e maquiavélica, porque podia provar que pressionara clubes
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e demais pessoas, para subscreverem textos, que depois foram divulgados e propalados aos sete ventos e que, ao contrário do que julgavam, não se ia ali passar qualquer votação democrática para posterior indigitação de Comissários Técnicos, nem tão pouco ficava abalado com as pressões para reconduzir os ex-Comissários Técnicos. Mais uma vez acrescentou que essa era uma prerrogativa da Federação, da qual não abdicaria. Para confirmar as suas suspeições, deu como exemplo o facto de ter havido um clube que durante um dia, não estava de acordo com o texto subscrito pelos outros clubes, para no outro dia enviar uma missiva desdizendo o primeiro. O outro exemplo, foi o convite feito ao Sérgio Cruz para integrar e formar a nova Comissao Técnica, que este terá de imediato aceitado, nas palavras do presidente, tendo até referido que facilmente arranjaria outro elemento para o acompanhar para, no dia seguinte, declinar o convite e passar a defender a recondução dos antigos comissários técnicos. Voltou à pretensão dos clubes. A direcção não estava interessada na continuidade em funções do Andrade, porque não representava a Federação e não se reviam na sua imagem. O Presidente afirmou que tinha na sua posse, um dossier que continha um conjunto de 75 documentos incriminatórios para com este elemento da ex-Comissão Técnica, mas que não vinha para ali lavar roupa suja e que, aquele não era o local para divulgar o que quer que fosse. Referindo-se uma vez mais à ex-Comissão Técnica, afirmou que tinha feito um trabalho razoável do ponto de vista técnico, mas que ainda dentro deste âmbito tinham ocorrido erros, que a assembleia desconhecia, mas que não iria divulgá-los.
Pediu a palavra o Andrade, desafiando o Presidente a divulgar os elementos que possuía, para completo esclarecimento da assembleia e que se integrava no primeiro ponto da ordem de trabalhos. Referindo-se aos regulamentos disse que, ao contrário do que manifestara o Presidente, conhecia os regulamentos mais importantes e que, no que diz respeito às responsabilidades dos Comissários Técnicos, a ex-Comissão Técnica terá cumprido todos os pontos que lá vêm descritos, mas que, começava agora a perceber-se, por via do discurso do presidente, não ser tal desempenho suficiente. Para o Presidente, mais importante que esse facto, são outras condições que não estão lá mencionadas e que fazem dos Comissários Técnicos, também Comissários Políticos da Federação. Contestou o dossier que referira o Presidente, que continha 75 documentos incriminatórios, retorquindo que tinha igualmente um memorando com 41 factos, que provava a má fé da Federação para com a antiga Comissão Técnica, que sempre terá existido, tendo sistematicamente tentado boicotar o seu trabalho, ao contrário de o estimular e apoiar. Era lamentável que, apesar de terem considerado um trabalho positivo, se tenha desperdiçado a oportunidade de atingir ainda um nível de desempenho mais elevado, em virtude da federação não ter tido, para com a Comissão Técnica, a esperada e estatutária postura incentivadora e apoiante. Quanto ao facto da acusação,
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que tinha sido feita à ex-Comissão Técnica de ser insubordinada, contestou-a, dizendo que ao contrário do que tinha sido afirmado, ninguém pretendia permanecer em funções. Eram os clubes e quadros de prova, que haviam manifestado essa vontade e que, face a esse movimento espontâneo, nada podia fazer, sentindo-se na obrigação, de não decepcionar quem o apoiara. Pela sua parte, abandonaria logo que o problema estivesse devidamente resolvido , a contento de todas as partes, referindo que , ao contrário do que tinha sido afirmado, a decisão da Federação não contar com ele, era a melhor coisa que lhe tinha acontecido nestes quase dois anos em funções e que se sentia muito sensibilizado por este facto.
Pediu a palavra de imediato o Pedro Grão, o qual iniciou o seu discurso referindo que, contrariamente ao actual Presidente da FPAm, que quando iniciou este mandato não tinha projectos e que até representa para ele um sacrifício, esta comissão extinta tinha projectos e não fazia sacrifícios... Lamentou o facto da Federação, não querer contar com o Andrade, que considerou ter sido a alavanca de desenvolvimento do F3C, durante a sua passagem pela Comissão Técnica. Reforçou a ideia que os Comissários Técnicos não devem ser Comissários Políticos e desafiou o Presidente a explicar porque o Andrade era "persona non grata" de forma a escalpelizar devidamente o primeiro ponto da ordem de trabalhos. Lamentou ainda que, em seis anos de competições de F3C, nunca tenha estado presente um elemento da direcção da Federação, quando as competições são a razão de existência da FPAm. Criticou a razão que levou a Mira o vice-presidente e o facto do evento ter sido divulgado pelos canais da Federação quando, nos seis anos anteriores, ninguém da Federação tinha estado presente em competições de F3C e, naquele caso, tratava-se apenas de um Encontro.
Retorquiu o Rui Ferreira, dizendo que não tinha que dar satisfações a ninguém dos locais que elegia para estar presente. Estabeleceu-se depois alguma celeuma, porque anteriormente o Abel Coelho tinha afirmado que o convite dirigido ao Sérgio Cruz tinha sido por si escrito e era da sua lavra tendo-se afinal apurado não ter sido assim, já que tinha sido o próprio Rui Ferreira a tomar tal iniciativa de motu próprio. Continuando a responder ao Pedro Grão, passou Rui Ferreira a referir não perceber a sua intervenção, já que nos últimos anos tinha estado sempre presente nas competições, um elemento da direcção da Federação, (entenda-se o Sr. Coronel João Gonçalves presente por ter sido, em todas elas, quadro de prova).
Meteu os pés pelas mãos o Presidente, para explicar as razões que levaram a Federação a divulgar o evento de helis em Mira.
Avançou o Andrade, lendo uma resposta da Federação, negando provimento a uma petição do Grupo Desportivo e Cultural da Nabância, para que aquela divulgasse a prova Heli Templários 2006, vocação da Federação e que, com a insistente iniciativa de
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divulgação do encontro de helis de Mira, embora plausível, demonstrava afinal ter dois pesos e duas medidas. Fala em cumprimento de regras e regulamentos, mas não age em conformidade. Mistura alhos com bugalhos. Continuou dizendo que o Presidente lamenta nas Assembleias Gerais a falta de competição e competidores no aeromodelismo, referindo que a Federação não é de lazer do aeromodelismo, mas depois na prática, faz e apoia de forma exactamente contrária, ao que propala. Referindo-se à parte introdutória do Presidente, disse rever-se em muitas coisas que foram expressas pelo Presidente. Foi Comissário Técnico, não por vontade própria, dedicou demasiado tempo àquelas funções, prejudicou a família e tendo incurrido em danos económicos palpáveis, em nome da causa Aeromodelística, não admite que falem dele em termos desrespeitosos, como o tem feito sistematicamente o Presidente, o que prova ter um postura igual àqueles que critica. Como ex-Comissário Técnico exige respeito, que não existiu para consigo, quando só soube por interpostas pessoas, que a Federação não contava com ele para a nova Comissão Técnica. Referiu que o mínimo exigível era ter sido solicitado um diálogo aberto e frontal, para lhe serem explicadas e justificadas as razões para tal. Este comportamento mal-educado, contrastou com a atitude hipócrita do envio de uma carta, agradecendo-lhe a dedicação e o trabalho desenvolvidos como Comissário Técnico de F3C. Quanto ao facto de ter sido Comissário Técnico, referiu que este partiu de um convite que não podia ter recusado por respeito e amizade, do Coronel João Gonçalves, figura incontornável do F3C, que esteve presente umbilicalmente e ainda bem, com a ex-Comissão Técnica e que representa uma mais valia, seja para que Comissão Técnica possa existir, pois é o elemento que em Portugal, está mais habilitado para corresponder a um efectivo desenvolvimento do F3C.
Explodiu de imediato o Presidente, afirmando peremptoriamente que tinha sido naquele preciso momento, que o Andrade tinha demonstrado que nunca tinha sido um Comissário Técnico, mas sim um Comissário Político.
Ao pedido de José Andrade de justificar o que acabara de afirmar, disse aquele que não o faria e que ficava essa explicação para si. De seguida, afirmou que o Andrade cultivava o protagonismo, gostava do auto-elogio, da auto-promoção e que lhe tinha um ódio de estimação.
De seguida interviu Mário Vilaça do CAVS, afirmando que se sentia satisfeito por enfim conhecer o Presidente da Federação e demais elementos da direcção, pois era sempre reconfortante saber quem eram as personalidades que lideram o aeromodelismo em Portugal. Rebateu o Presidente, dizendo que os clubes que estavam presentes, não estavam ali em rebelião, que unicamente entendiam que os melhores elementos para continuarem em funções na Comissão Técnica eram os que subscreviam, dizendo tratar-se de uma posição normal e espontânea e não condicionada como tinha sido
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abusivamente referida. Lamentou que, uma vez mais, a um convite formulado para na prova de F3C organizada pelo seu clube, estar alguém da direcção da Federação presente, não tivesse havido sequer uma resposta, já que não se confirmou qualquer presença. Referiu que agradecia o empenho e dedicação dos ex-Comissários Técnicos, que tudo fizeram para prestigiar o aeromodelismo, dizendo que as provas de F3C eram festas de aeromodelismo, onde esteve sempre presente um bom ambiente de salutar convívio. Continuou dizendo que estavam ali para encontrar uma solução para a crise instalada.
Rui Ferreira retorquiu dizendo que as competições são responsabilidade dos clubes e que sendo desejável que as Comissões Técnicas possam estar presentes, não é fundamental a sua presença.
Avançou o Andrade, referindo que esta afirmação era verdadeira se os clubes organizadores fossem entidades com experiência acumulada, ao longo de anos, na organização de competições. O F3C para lá caminharia mas que, de momento e face ao facto de muitos dos clubes organizadores ser a primeira vez que o fazem, o vínculo à Comissão Técnica era uma absoluta necessidade e que esta necessidade seria bem compreendida, se alguém da Federação sentisse a obrigação de estar presente para a constatar, aproveitando o facto para referir que a presença do João Gonçalves, quando ainda pertencia à anterior direcção da FPAm, era o caso evidente de juiz em causa própria, que não invalidava a necessidade absoluta do Presidente e sobretudo este, que tem uma gestão autocrática e centralizadora de poder, observar com os seus próprios olhos o pulsar, os problemas e dificuldades inerentes ao F3C.
O Pedro Grão interviu questionando o Presidente, se seriam alguns dos elementos recém eleitos para a direcção que não gostavam do Andrade por motivos pessoais, já que este era pessoa credível na altura da vigência da antiga direcção.
Foi mais uma vez reforçado, que não havia nada a comentar sobre o assunto. Mais uma vez foi reafirmado, que o Andrade não espelhava a imagem da Federação.
Pedindo a palavra o Mário Gomes, novo membro da direcção recém eleita, referindo concordar com os outros membros, porque teria ouvido dizer, que o Andrade ter-se-á referido em temos pouco abonatórios para pessoa de prestígio da direcção da Federação, cujo nome não foi mencionado.
Depois de um pequeno intervalo, pediu a palavra o Patrick Leroy, repetindo algumas das comunicações já veiculadas, mas apelando para que houvesse tolerância da parte da Federação, para se poder arranjar uma solução, que adivinhava ser impossível, pois estando as posições extremadas, a reunião iria dar em nada. Às duas partes lhes assistem razões e nenhuma delas têm toda a razão.
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Hélio Pereira reforçou as mensagens já expressas, referindo que tinha uma boa imagem do F3C, onde esteve presente como competidor, referindo pessoalmente que esperava uma resolução para o impasse criado, que respondesse cabalmente às expectativas dos pilotos de F3C.
Retomada a condução da reunião, foi tomada a iniciativa de entrar no segundo ponto da ordem de trabalhos, isto é, "Indigitação de novos elementos para a futura Comissão Técnica de F3C, para futura nomeação pela direcção".
Pediu a palavra o Mário Vilaça, referindo que esse ponto era uma clara perda de tempo. Compreendia o sentimento que a ex. – Comissão Técnica devia sentir, face ao decorrer da reunião e que o sentimento do seu clube estava expresso no documento enviado à Federação e que apontava para a recondução dos antigos Comissários Técnicos. Referiu ainda que se ele fosse Comissário Técnico, não teria aguentado as observações já feitas no decorrer da reunião e que teria há muito abandonado a reunião.
Luís Delgado pediu desculpas por ter necessidade de se ausentar, pois tinha um compromisso inadiável, repetindo uma vez mais que se sentia vexado como cidadão, pelo decorrer dos trabalhos e como o presidente tinha conduzido a reunião, referindo que iria rever a sua situação como juiz de F3C, tendo no momento sérias dúvidas, se não iria desistir de tudo, o que o ligava à modalidade.
Pediu a palavra de seguida o Andrade, dizendo que, apesar de ter sido durante a reunião a ´besta negra´ e o principal visado, era altura de esclarecer os presentes, que não tinha sido mais do que um bode expiatório de um problema pessoal claro entre o Presidente e o Coronel João Gonçalves, que aquele não teve coragem para assumir. Declarou que deveria ser dever da Federação informar os aeromodelistas em geral, que para alguém assumir as funções de Comissário Técnico no futuro, deveria ter um requisito essencial: trata-se de ser uma pessoa sem liberdade de expressão, obediente, acrítica e sobretudo subserviente. Confessou, que se o Presidente o conhecesse, saberia que não reunia esses atributos e que jamais confundiria a sua missão técnica, com condicionantes à sua liberdade de expressão, não tendo qualquer jeito para bajular seja quem for, muito menos o Presidente, que manifestamente é pessoa ultrapassada e que vive um mundo diferente do seu. Fez analogia com os bonecos de brinquedos a quem se dá corda, para referir que, ao contrário do que o Presidente andava a propalar nos Encontros de aeromodelismo, que a Comissão Técnica de F3C, não era a Comissão do João Gonçalves, a extinta foi sempre uma Comissão Técnica Nacional e os elementos que a constituíram, não eram bonecos com corda, mas sim pessoas independentes, com visões próprias, estando no entanto reconhecidos ao Coronel João Gonçalves, pela sua permanente e total disponibilidade, que nunca regateou, tendo dado os apoios de que a
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Comissão Técnica necessitou, a fim de que o trabalho desenvolvido pudesse atingir um bom nível.
Retorquiu o Presidente, dizendo que o Andrade, era um hino ao auto-elogio e que tinha um jeito especial para o ofender, ao que mais do que um elemento da mesa o contrariou, referindo que não havia razões que justificassem o que estava a expressar...
O Andrade ainda interviu dizendo que, a crise que grassava no F3C era da responsabilidade da Federação e que era perfeitamente incompreensível, como é que a direcção da Federação tinha lata para rejeitar a vontade dos clubes em quererem reconduzir os antigos Comissários Técnicos e agora estava a pedir aos mesmos clubes, sugestões para futura indigitação.
Pediu a palavra o Rui Ferreira dizendo que não concordava com o que o Andrade afirmara, pois achava esta pretensão pertinente, já que a Federação o rejeitava liminarmente, não sendo possível acatar, a pretensão manifestada pelos clubes.
Retorquiu o Andrade reafirmando que a crise era responsabilidade da Federação e teria de ser ela a resolvê-la, pois quando a criou, deveria ter pensado numa solução e também não tinha pedido a opinião aos clubes, para o ter feito. Disse ainda que este pedido, correspondia à inoperância manifestada em conseguir resolver o imbróglio que tinha criado, dizendo que se ia sentar no primeiro balcão, para assistir com um sorriso nos lábios, às tentativas até agora goradas, de conseguir resolver este assunto, por ser má perdedora e não querer ser derrotada neste braço de ferro com as gentes do F3C, esquecendo o seu objectivo prioritário, que é o de contribuir para o engrandecimento desta vertente do aeromodelismo. Deu-se por encerrada a reunião??? que nada trouxe de novo e nada resolveu.
Aeromodelistas subscritores do texto, que foram os elementos da assembleia, que tiveram intervenções no decorrer da reunião
José Andrade – Juiz Nacional de F3C e ex. Comissário Técnico de F3C
Pedro Grão – Técnico de Aeromodelismo Nível 3, ex. Comissário Técnico de F3C
João Gonçalves – Técnico de Aeromodelismo de Nível 3 e Juiz Internacional de F3C
Patrick Leroy- Técnico de Aeromodelismo de Nível 1 e Juiz Nacional de F3C
Carlos Bartolomeu – Presidente do Aeromania e Técnico de Aeromodelismo Nível 3
Adelino Oliveira – Técnico de Aeromodelismo de Nível 1 e Juiz Nacional de F3C
Mário Vilaça – Juiz Nacional de F3C
Luís Delgado – Juiz Nacional de F3C
Hélio Pereira – Piloto de F3C
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COMENTÁRIOS PESSOAIS À REUNIÃO
Comentário Pessoal de José Andrade à reunião de 16 de Junho de 2007-06-16
Confirmou-se o que há muito se sabia. A Federação é centralizadora, autoritária, autista, discricionária e está muito mal liderada.
O Presidente da Federação é um erro de "casting", não vive no século XXI, é um homem que através das atitudes e comportamentos, pensa ainda viver nas trevas do antes do 25 de Abril. É forçoso os aeromodelistas perceberem esta realidade e virem a fazer, o que se justifica e exige, ainda que o Presidente se refira aos potenciais candidatos à liderança da Federação, como sendo uns pardalinhos. Se isso não acontecer, corremos o risco de aparecem os mesmos, que o tornam a pôr calafetado na cadeira do poder, por mais vinte anos. Existem pessoas que não têm a noção, quando já deixaram de ser úteis a uma causa e não a sabem abandonar, na altura própria. Estão à espera que o ponham fora, desvalorizando tudo o que de bom fez pela mesma.
Tomar, 17 de Junho de 2007
José Januário Crisóstomo de Andrade
Comentário Pessoal de Luís Delgado à reunião de 16 de Junho de 2007-06-16
Esta é a expressão do meu comentário pessoal à reunião convocada pela Direcção da FPAM no passado dia 16 do corrente.
Nada tenho a acrescentar ou corrigir ao resumo que faz sobre este reunião.
Antes de expressar a minha opinião sublinho a declaração que vou fazer em seguida:
Tudo o que escrevo agora e disse na reunião, não tem nada de pessoal em relação às pessoas presentes e que aqui vou referir. As opiniões que emiti e vou expressar neste documento têm a ver com a FPAM e respectiva Direcção.
Posto isto, a minha opinião:
1) O resumo não é exaustivo no que se refere à minha primeira intervenção. Para além do que está referido na minha intervenção expliquei ao Presidente da FPAM que me sentia ultrajado enquanto cidadão, pela forma indigna, ultrapassada, demagógica e totalmente ditatorial com que ele se estava a dirigir à assembleia.
2) A minha visão sobre todo este assunto
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Ficou patente na reunião, em declaração do próprio Presidente da FPAM, a incapacidade e incompetência desta Direcção para orientar os destinos do aeromodelismo em Portugal.
A ausência de projecto e total falta de objectivos, patente no discurso da Direcção e, especialmente do seu Presidente, ilustram a completa mediocridade desta Direcção e a sua total incapacidade de prestar qualquer serviço à comunidade aeromodelística portuguesa.
Ou seja, o verdadeiro problema que temos tem por base apenas uma Direcção incapaz para o desempenho das funções expectáveis.
Vejamos: na reunião do passado dia 16, o Presidente e a Direcção declararam e evidenciaram falta de conteúdo orientador expectável de uma entidade destas, falta total de um projecto para o mandato e, portanto, falta absoluta de objectivos.
Uma entidade nestas condições é reactiva, anda ao sabor da corrente, reage ao que vai acontecendo qual "barata desnorteada" que não sabe para onde ir.
Quais são as consequências desta falta de rumo? Temos reacção em vez de iniciativa e acção, temos ruído em vez de uma luz que indique o caminho a seguir.
As entidades nestas condições tendem a perder a lucidez, a ser agressivas e demagógicas assumindo uma postura de ataque para se defenderem dum vazio e fraqueza que sentem no íntimo e que não são capazes de confessar. Votam-se ao ostracismo, não ouvem ninguém, apenas vale a sua opinião acabando num narcisismo doentio e suicida.
Qual a postura do Presidente e Direcção da FPAM no sábado? Demagogia, autoritarismo, agressividade, 75 evidências não se sabe de quê e uma tentativa nada lúcida de resolver o assunto com um documento preparado pela Direcção.
Isto não! Foi por isto que me declarei vexado na reunião. Numa País que se assume como democrata, estas jogadas não.
Chega Sr. Presidente e Direcção da FPAM. Nós, a razão de ser da existência da FPAM não podemos ser tratados assim. Somos pessoas tão merecedoras de respeito como os senhores.
Na verdade a instituição que é a FPAM existe por nossa causa, os praticantes, para promover a modalidade e para nos defender. Nunca para nos tratar como o fomos no dia 16-Junho-2007.
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Como instituição ao serviço de uma comunidade tem que ter regulamentos, claros. De forma espontânea ou de forma mais sistematizada, qualquer grupo cria as suas regras de funcionamento. É um comportamento humano.
Todos sabemos que estas regras são para servir o grupo, para facilitar a sua existência e não para subordinar o grupo aos regulamentos.
De forma análoga a nossa Constituição está ao nosso serviço e não os portugueses ao serviço da Constituição. Por isso mesmo até já sofreu alterações.
Uma entidade como a FPAM sem projecto, sem objectivos, sem rumo acaba como mostraram na reunião por se escudar e defender com o regulamento porque não têm mais nada para dar. Porque não estão na FPAM para servir.
Nestas condições não servem e mostram-no em todo este processo das Comissões Técnicas, nomeadamente na do F3C. Não venham com questões de pessoas ou nomes numa tentativa de ensombrar a realidade.
O problema não é a Comissão de F3C. O problema é a própria FPAM, o seu Presidente e a sua Direcção.
Como nada têm para dar, quando aparecem pessoas dedicadas com espírito de sacrifício e de serviço, com capacidade de realização e com capacidade para pensar, sentem-se postos em causa e "ameaçados" no vosso pedestal e reagem como se viu.
Duas últimas considerações:
a) Estes são os sentimentos que me vão no espírito. São meus e têm por base a minha própria opinião que formei ouvindo e trocando opiniões com as mais variadas pessoas. Nunca insinuem que tenho a cabeça moldada por alguém.
b) Ao contrário da opinião do Sr. Presidente e da Direcção da FPAM, as opiniões que expresso neste documento são públicas e são para partilhar verbalmente, por escrito em formato electrónico de qualquer natureza com quem esteja interessado na modalidade.
A liberdade de expressão é um direito e um dever que me assiste enquanto cidadão e não permitirei que ninguém cerceie as minhas opiniões e muito menos as "rasgue" sob que forma for.
Lisboa, 18 de Junho de 2007
Luís Dias Delgado
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NOTA FINAL
É intenção das gentes do F3C, equacionar a solicitação de realização de uma Assembleia Geral Extraordinária, com vista à resolução deste impasse, que leve ao preenchimento humano da Comissão Técnica de F3C, passados que já estão, 42 dias, desde que a Federação tomou esta decisão, que contraria o desejo dos clubes organizadores de provas de F3C e quadros de prova, ao terem solicitado a recondução dos antigos comissários técnicos. O que está em causa de momento é a Federação preencher a Comissão Técnica, com gente credível, de forma a continuar o projecto encetado, dentro de um prazo que de momento já é dificilmente recuperável, pois já decorreram duas competições do campeonato Nacional e está na eminência de se perder a possibilidade de se realizar o curso de juízes, que era suposto arrancar no decorrer deste mês e que foi planeado pela extinta Comissão Técnica e integra o Plano Anual de Formação da FPAm, sancionado pelo Instituto do Desporto de Portugal.
Agradecemos desde já aos clubes Nacionais, que nos queiram fazer chegar a este endereço de correio electrónico helimodelismo.nacional@gmail.com o vosso apoio, através da anuência do seu voto, na qualidade de sócio efectivo da Federação, por forma a totalizar o conjunto mínimo de 24 votos, isto é, 1/3 dos votos totais disponíveis na Assembleia de Clubes e que , de acordo com os Estatutos da FPAm, nomeadamente no ponto 7 do Art 23, são os mínimos exigidos para permitir solicitar ao Presidente da Assembleia Geral a realização da supracitada reunião.
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